AGIR36

Foi-se Eduardo Campos. A fatalidade, que não manda fax, sms ou torpedo dando conta que está chegando, ceifou, em sua plenitude, a vida de um político moderno, preparado, arrojado e que certamente teria muito a realizar pelo seu País e pelo seu povo. Além de suas virtudes como político e administrador público, Eduardo era um amigo generoso, e mais que isso, pai de família amoroso e exemplar. Sua morte abrupta instala o imponderável nas eleições presidenciais desse ano. Provoca, mais que tudo, sérios danos colaterais à candidatura de Dilma Rousseff. E o destino, que não permite que ninguém lhe ponha rédeas ou selas, coloca a candidatura à Presidência da República no colo de Marina. Candidatura que o governo tanto fez para impedir. É como diz o ditado: “a esperteza, quando é demais, vira bicho e come o dono!”

Que não se esqueça a tentativa da base do governo no Senado de aprovar uma Lei que inviabilizaria o Partido da ex-Senadora. Tentativa abortada pela liminar exarada pelo Ministro Gilmar Mendes. Ainda assim, a Justiça Eleitoral que deferiu corretamente o registro do PSD, Solidariedade e Pros, decidiu pelo indeferimento do registro do Partido de Marina, obstando assim, de forma definitiva, a possibilidade de Marina sair candidata a presidente pelo seu Partido. Sem alternativa, a ex-Senadora, que teria “n” caminhos a trilhar, optou pelo PSB, de Eduardo Campos. Sabendo, de antemão, que ali, cabeça de chapa, não seria.

Mas, ela queria enfrentar, dona Dilma e seu governo, nem que fosse como candidata à vice. E por obra do destino vai fazê-lo como candidata a presidente.
Resumindo, a tragédia que levou Eduardo Campos acarreta danos de extensão imprevisível à candidatura de Dilma Rousseff. Respondendo a pergunta do título: Dilma e Lula no Alvorada, assistindo, desconsolados, a apuração dos votos do 2º turno entre Marina e Aécio.

Daniel Tourinho – Presidente Nacional do PTC